Entre 30 pacientes (17 homens, 46-76 anos e 13 mulheres, 15-70 anos), tratados com a droga antiarrítmica amiodarona, 21 pacientes (11 homens e 10 mulheres) desenvolveram verticillata córnea verticillata bilateral. Foram administradas doses totais de até 494 g e a duração da terapia foi de até 113 semanas. Em 14 pacientes foram analisadas amostras de 50 microlitros de líquido lacrimogêneo para aminodarona. Não houve presença de amiodarona nas lacerações em baixas concentrações séricas, mas um rápido aumento nas concentrações lacrimais foi observado em valores séricos acima de 1,2 microgramas/ml (P inferior a 0,001). O grau de cornea verticillata foi significativamente correlacionado com a dose total, bem como com a duração do tratamento (P menor ou igual a 0,001). No dia do exame na clínica oftalmológica não houve correlação significativa entre a concentração de se-amiodarona, a concentração de amiodarona lacrimal e o grau de córnea verticillata. Um paciente queixou-se de auréolas coloridas. Nenhum tinha acuidade visual diminuída, alterações de fundo, catarata, exoftalmia, aumento da pressão intra-ocular, visão de cor anormal ou espessura anormal da córnea central, que podiam ser atribuídas ao tratamento da amiodarona.