TYROIDOLOGIA CLÍNICA PARA PATIENTES
Uma publicação da Associação Americana de Tiróide
Sumários para Pacientes de Tiroidologia Clínica (de artigos recentes em Tiroidologia Clínica)
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NÓDULOS TIRÓIDEOS TIRÓIDEOS
Nódulos benignos da tireóide requerem longaacompanhamento a prazo?
ABREVIATURAS & DEFINIÇÕES
Nódulo tireoidiano: um crescimento anormal de células da tiróide que forma um nódulo dentro da tiróide. Enquanto a maioria dos nódulos tireoidianos são não cancerosos (Benignos), ~5% são cancerosos.
Ultrassom da tireóide: um teste de imagem comum usado para avaliar a estrutura da glândula tireóide. O ultra-som usa ondas sonoras para criar uma imagem da estrutura da glândula tireóide e identificar e caracterizar com precisão os nódulos dentro da tiróide. O ultra-som também é freqüentemente usado para guiar a agulha para dentro de um nódulo durante uma biópsia dos nódulos da tireóide.
Biópsia de aspiração da agulha fina da tiróide (FNAB): um procedimento simples que é feito no consultório médico para determinar se um nódulo da tiróide é benigno (não cancerígeno) ou cancerígeno. O médico usa uma agulha muito fina para retirar células do nódulo tireoidiano. Os pacientes geralmente voltam para casa ou para o trabalho após a biópsia sem nenhum efeito negativo.
Biópsia inadequada/Insuficiente: isto acontece com células insuficientes obtidas durante a biópsia para fornecer um diagnóstico. Isto ocorre em 5-10% das biópsias. Isto frequentemente resulta na necessidade de repetir a biópsia.
Biópsia indeterminada da tiróide: isto acontece geralmente quando o diagnóstico é uma lesão folicular ou de células auriculares. As células foliculares e a hurthle são células normais encontradas na tireóide. A análise atual dos resultados da biópsia da tireóide não consegue diferenciar o câncer de células foliculares ou de hurthle de adenomas não carcinogênicos. Isto ocorre em 15-20% das biópsias e muitas vezes resulta na necessidade de cirurgia para remover o nódulo.
Biópsia suspeita da tiróide: isto acontece quando existem características citológicas atípicas que sugerem, mas não diagnóstico de malignidade. A remoção cirúrgica do nódulo é necessária para um diagnóstico definitivo.
FUNDAMENTO
Nódulos da tireóide são bastante comuns na população, estando presentes em cerca da metade dos adultos. Aproximadamente 5% dos nódulos são cancerosos e a maioria destes últimos representa nódulos malignos de baixo grau. A biópsia com agulha fina de nódulos grandes ou suspeitos vistos no exame ultra-sonográfico é o procedimento de escolha para avaliar tais nódulos. Uma vez que uma biópsia é lida como benigna, deve haver um risco <1% de que o nódulo seja realmente cancerígeno. Uma pergunta sem resposta é quanto tempo um nódulo benigno deve ser monitorado para ver se há uma mudança no nódulo que justifique uma avaliação adicional ou uma biópsia repetida. O presente estudo tenta responder a esta pergunta observando o resultado de pacientes que tiveram acompanhamento por menos de 3 anos ou exames continuados por 3 ou mais anos após a biópsia inicial com agulha fina.
O TÍTULO DO ARTIGO COMPLETO:
Lee S et al. O nódulo benigno da tireóide comprovado na biópsia: é necessário acompanhamento a longo prazo? J Am Coll Surg 2013;217:81-9. Epub 6 de maio de 2013.
SUMÁRIO DO ESTUDO
Os registros de 848 pacientes que foram submetidos a uma biópsia com agulha fina no MD Anderson Cancer Center, entre 1998 e 2009, e que foram encontrados com citologia benigna, foram revisados. Destes pacientes, 92 foram operados, 280 não tiveram seguimento posterior, 226 tiveram seguimento com intervalos inferiores a 3 anos e 140 tiveram seguimento com 3 ou mais anos após a biópsia inicial. O seguimento médio no grupo de seguimento curto foi de 13 meses em comparação com 57 meses no grupo de seguimento longo. Como esperado, os pacientes do grupo de acompanhamento longo tiveram mais ultra-sonografias e mais biópsias de tireóide repetidas realizadas. Um total de 26 nódulos fez uma segunda biópsia, sendo a razão mais comum o aumento do crescimento. Destes, 20 ainda foram lidos como benignos, 3 eram lesões foliculares (maior risco de câncer), 2 eram não-diagnósticos e 1 era suspeito de câncer de tiróide papilar (o que foi comprovado na cirurgia). Apenas 2 cânceres foram encontrados e estes foram detectados dentro de 3 anos de seguimento.
QUAIS SÃO AS IMPLICAÇÕES DESTE ESTUDO?
Os autores concluíram que, como o seguimento a longo prazo de pacientes com nódulos tireoidianos inicialmente lidos como benignos não melhora a taxa de detecção do câncer, mas aumenta o uso de ultra-sonografia ou a repetição da aspiração com agulha fina, deve-se considerar a interrupção do seguimento após 3 anos.
Esta sugestão seria uma boa notícia para os pacientes que seriam capazes de renunciar ao tempo e despesas de visitas contínuas ao endocrinologista, repetir ultra-sonografias e, potencialmente, repetir biópsias com agulha fina da tireóide. Entretanto, estudos adicionais são necessários antes que isto possa ser considerado regularmente.
-Glenn D. Braunstein, M.D.
ATA THYROID BROCHURE LINKS
Thyroid Nodules: http://www.thyroid.org/what-are-thyroid-nodules
Câncer tireoideano: http://www.thyroid.org/cancer-of-the-thyroid-gland
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