Objetivo Avaliar prospectivamente a eficácia e segurança da anestesia local periprostática (AE) durante a biópsia prostática guiada por ultrassonografia transretal (TRUS), já que 20-65% dos homens relatam dor moderada a grave, e há evidências anedóticas e publicadas de que a anestesia periprostática melhora a tolerância dos pacientes.
Pacientes e métodos No total, 157 pacientes foram recrutados prospectivamente e seqüencialmente aleatorizados para receber ou LA ou nenhuma anestesia. Foram realizadas biópsias sextantes em todos os homens, mas alguns tiveram mais de seis biópsias. Todos foram solicitados a completar questionários imediatamente após a biópsia guiada pelo TRUS e para a semana seguinte, fornecendo escores de dor e registrando qualquer morbidade, incluindo sintomas de infecção; o uso analgésico também foi pesquisado.
Resultados Os pacientes que receberam LA tiveram escores de dor significativamente menores no momento da biópsia do que aqueles que não receberam anestesia, com escores de dor medianos (sd) de 1,53 (0,7) e 1,95 (0,65) (P < 0,001), respectivamente. Além disso, houve uma tendência ao menor uso de analgésicos por aqueles que receberam LA, embora isso não tenha sido estatisticamente significativo. Não houve diferença na quantidade de hematúria, hematochezia ou hematopermia, ou taxa de infecção, entre os grupos. O custo e tempo adicional do procedimento foi mínimo (£3,00 e 3 min/por paciente, respectivamente).
Conclusão A infiltração peri-prostática de AE é um procedimento rápido e simples que melhora significativamente a dor imediata, sem adição de morbidade; nós defendemos fortemente seu uso para melhorar a tolerância do paciente à biópsia de próstata guiada por TRUS.